Boto-Cor-de-Rosa

Um simpático golfinho de rio ou um misterioso e sedutor rapaz? Segundo lendas, ele é um pouco dos dois.

De dia, ele é um golfinho de rio muito famoso pela coloração pouco usual da sua pele. O único mamífero estritamente aquático da Amazônia, o boto normalmente mede em torno de dois metros e pesa mais de 100 kg. Sua visão é bastante reduzida, mas ele se desloca através da ecolocalização: emite ondas ultra-sonoras e se orientando pelo tempo que demoram para refletir e retornarem.

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Simpático como o primo golfinho.

Já durante ao anoitecer, segundo antigas lendas indígenas, o boto se transforma num rapaz alto e bonito, sempre de chapéu para esconder seu nariz—que é grande como o da sua forma original. Autentico pé-de-valsa, o boto enfeitiça a moça mais bonita da festa. Quando vem o sol, volta para a água. Daí a origem da expressão ‘filho de boto’ para designar as crianças sem pai.
De onde veio a lenda? É difícil dizer. Talvez da idéia de que a genitália do boto é semelhante à nossa; talvez do comportamento solitário, mas sociável com humanos (assim como o de sua suposta forma humana); talvez de uma simples história para encobrir uma gravidez indesejada. Mas o fato é que vem afetando negativamente a população de botos-cor-de-rosa.
Além das ameaças habituais, como redes de pesca, hélices de barcos e destruição do habitat, os botos também tem de enfrentar a superstição. O olho do animal se tornou um amuleto para atrair amor, assim como seus órgãos sexuais são usados em feitiçarias para conquistar o ente querido.

                                                                                                                                         .Ao entardecer, podem pular até 1m.