O canguru, o mais famoso e o maior dos marsupais(mamíferos que completam o seu crescimento, após o nascimento, numa bolsa situada na barriga da mãe), vive na Austrália e é o mais conhecido de todos; é no entanto apenas uma de entre mais de 150 espécies (grupo de animais muito semelhantes entre si e com a capacidade de se reproduzirem) diferentes. Todos os marsupiais se reproduzem por um processo especial em que os filhos nascem numa fase de desenvolvimento muito prematura e são criados com leite, fora do corpo materno, por vezes no interior de uma bolsa. Embora geralmente se pense serem os marsupais tipicamente australianos, existem cerca de 70 espécies fora desse continente.
Os cangurus podem chegar a pesar 90 kg e atingir uma altura de 1,80 ou mais. O quarto traseiro, grande, pesado e musculado, e a cauda, equilibram o quarto dianteiro, que é leve, pequeno e móvel. Os membros anteriores ficam distantes do chão durante a locomoção bípede e enquanto o animal se alimenta. O salto, adoptado pelos cangurus como meio de locomoção (são capazes de dar saltos com 9 metros de comprimento e de pular cercas com mais de 3 metros de altura!) liberta-lhes as patas anteriores para outros fins. Usam-nas para arrancar vegetação e os machos para lutar entre si. Ninguém sabe porque motivo os cangurus utilizam o salto em vez de correrem nas quatro patas, como fazem praticamente todos os outros herbívoros que habitam as planícies no resto do mundo. Talvez o acto de saltar esteja vinculado ao problema de carregar filhotes grandes na bolsa, feito com maior facilidade e conveniência se o dorso for mantido em posição erecta, particularmente ao deslocar-se com grande rapidez sobre terreno acidentado e pedregoso. Seja qual for a razão, os cangurus aprefeiçoaram extraordinariamente a capacidade de saltar. As suas patas traseiras são muitíssimo poderosas, a longa cauda musculada pode ser esticada para contrabalançar o peso e dar-lhe equilíbrio, e o animal, aos saltos, consegue atingir uma velocidade de 60 km/hora.
Os dentes e o sistema digestivo são adaptados para uma dieta herbívora. Os dentes também são diferentes dos dentes dos outros herbívoros. Existem 4 pares de cada lado da mandíbula. Só os anteriores são usados na mastigação das rijas gramíneas que hoje crescem nas terras ressequidas da Austrália Central. Quando se desgastam até à raíz, esses dentes caem e os posteriores deslocam-se para a frente para substituí-los. Quando o animal tem 15 ou 20 anos, os seus últimos molares estão em uso.
Erva, água e um bom abrigo é tudo o que precisa este magnífico animal, e por isso é perseguido pelo Homem, que o acusa de roubar a melhor erva às ovelhas.
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