quinta-feira, 19 de maio de 2011

A GIGANTESCA Raia de Água doce da Ásia

 
Raia gigantesca
O ictiólogo e explorador Dr. Zeb Hogan, da Universidade de Nevada (Reno, EUA), liderou uma expedição em busca de um dos maiores peixes do mundo, o maior de águas doces: a raia da Tailândia, Himantura chaophraya.

Naqueles dias de janeiro tudo deu certo. Imediatamente após sua chegada à Tailândia, Hogan viu uma raia gigante, com mais de 180 kg, ser pescada no rio Ban Pakong. No dia seguinte, no rio Meklong, conseguiu pescar, pela manhã, várias raias de 40 a 65 kg. Todas foram medidas, examinadas e libertadas em seguida, cada uma com um tag numérico. O tag, um tubinho de plástico preso a um estilete, incluía a data e local de captura e era fixado ao dorso do peixe.

Depois de 90 minutos de batalha, o pescador esportivo Ian Welsh, que 
participava da expedição, trouxe para a superfície uma raia gigantesca. Ilustrada nas fotos, ela tem mais de 2 metros de largura e cerca de 300 kg! Seu peso não pode ser corretamente avaliado, pois Hogan descobriu que a raia, uma fêmea, estava prenhe e decidiu libertar o bicho mais rápido para evitar estresse.
Foto: Alfredo Carvalho Filho


E o mais interessante ainda aconteceria exatamente um mês depois, no dia 28 de fevereiro, quando a mesma raia gigante foi capturada a 4 quilômetros de distância do local do primeiro encontro. Mais sabida, entretanto, a briga com a equipe de pesca da FishSiam, que colaborava com a expedição, durou 4 horas! Em vários momentos ela simplesmente rebocou o pequeno barco da FishSiam pelo rio, e não havia nada  a fazer a não ser esperar que se cansasse. O tamanho e o tag numérico confirmaram ser o mesmo peixe de janeiro.

Essa espécie de raia vive nas águas doces e estuários desde Myanmar e a Tailândia ao norte da Austrália. O tamanho máximo conhecido é de 2,4 m de largura de disco,5 m de comprimento total, (da ponta do focinho à ponta da cauda) e cerca de 600 kg. É uma espécie descrita recentemente, em 1990, por Monkolprasit & Roberts. Já é seriamente ameaçada de extinção, principalmente graças ao seu baixo índice de reprodução e à pesca comercial de grande parte de sua área de ocorrência.

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