quinta-feira, 28 de julho de 2011

Elefante Marinho

Macho


Fêmea


Jovem



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem:
 Carnivora
Família: Phocidae
Género: Mirounga 
Espécie: M. leonina
Nome científico: Mirounga leonina

Descrição 
O elefante-marinho (Mirounga leonina) é a maior das focas
 O dimorfismo sexual é muito marcante: os machos são de 3 a 4 vezes maiores que as fêmeas.

Os maiores podem pesar até 4 toneladas elefante  e medir mais de 6 metros, mas, geralmente, os machos têm cerca de 2 toneladas e 4 metros, ao passo que as médias das fêmeas são de 500 kg e 2,70m.
 As narinas se desenvolvem entre os machos dominantes na forma de trompas, uma particularidade que dá origem ao nome elefante-marinho.
Esta trompa (ou probóscide) fica evidente e se expande para formar uma caixa de ressonância quando o animal se irrita ou ruge para afirmar sua autoridade.
 

Os olhos são grandes, redondos e negros. O tamanho dos olhos gera uma grande concentração de pigmentos adaptados a favorecer a visão ou favorecer a luminosidade, tornado possível indicar os melhores caminhos para a captura de presas em profundidade. Como todas as focas, os elefantes-marinhos têm os membros posteriores atrofiados e as extremidades são desenvolvidas para formar a nadadeira caudal.
Cada um dos "pés" pode ser bem diferenciado e pode se desdobrar para mostrar os cinco dedos de sua palmura, uma membrana dupla, muito ágil, que facilita a propulsão aquática. O animal a utiliza geralmente em posição vertical, da mesma forma que os peixes. As nadadeiras peitorais são, ao contrário, pouco empregadas para o nado.
Os membros posteriores se tornaram impróprios a locomoção em terra e, por isso, os elefantes-marinhos utilizam os membros anteriores, que são nadadeiras bem desenvolvidas, para a locomoção sobre as praias, que lhes permitem se arrastar com mais mobilidade e são indispensáveis para a sua sobrevivência.
Os membros anteriores são capazes de favorecer desde curtas distâncias a movimentos rápidos, de forma a chegar ao mar, atrair as fêmeas ou de espantar os intrusos.

O deslocamento em terra pode chegar a 8km/h.
 A cor das pelagens é mantida ao longo de suas vidas, sendo raras as alterações para cores como o cinza ou marrom, e acontecem de acordo com a espessura e umidade dos pêlos. Entre os machos mais velhos, adquire um aspecto de pele descolorida e várias cicatrizes geradas pelos combates com rivais.

Os elefantes-marinhos ficam corpulentos, o que os protege do frio e constitui também uma forma de sobrevivência ao ser uma forma de reserva energética ao longo de deslocamentos oceânicos ou períodos em terra.
 As reservas de gordura variam conforme a estação climática e a idade fisiológica do animal. Elas podem caracterizar a insuficiência de recursos alimentares e influem sobre a capacidade de flutuabilidade de um indivíduo (os mais pesados tendem a voltar à superfície e os mais magros tendem a afundar).
A camada de gordura pode passar dez centímetros, um convite aos caçadores de focas em busca desse óleo. Assim como as demais focas, os elefantes-marinhos têm uma circulação sanguínea adaptada ao frio.
A particularidade é que a circulação é feita sobre a derme por uma mistura de pequenas veias em torno de artérias, o que reduz as perdas de calor. Esta estrutura é particularmente presente em lugares menos isolados do corpo, como as partes posteriores. Como vários outros membros da ordem dos carnívoros, os elefantes-marinhos têm "bigodes" sensíveis, as vibrissas. Eles permitem perceber as vibrações da água ou mesmo indicar áreas mais sombreadas e onde há mais visibilidade.

A esperança de vida média das fêmeas, que atingem a maturidade sexual aos 3-4 anos, é de cerca de 20 anos. Os machos só adquirem o estatuto de macho dominante por volta dos 8 e raramente vivem além dos 10-11 anos.
 A população mundial compreende de 600 mil a 740 mil animais. 

Alimentação 

Alimentam-se de lulas e peixes
Reprodução 
A época de reprodução dura apenas cerca de um mês no Verão do hemisfério onde vivem. Neste período as fêmeas concentram-se em colónias numerosas localizadas e praias separadas por haréns controlados por um macho dominante.

A fêmea dá à luz uma cria, que amamenta apenas durante este período sem nunca se afastar para se alimentar. Ao fim deste tempo, já fecundada de novo, a fêmea regressa ao mar abandonando o harém e as crias. Cada macho dominante tem que lutar contra invasões de vizinhos e tentativas de usurpação, ao mesmo tempo que tenta cobrir o maior número possível de fêmeas no seu território.

O stress da época de reprodução é tão grande para os machos que muitos deles morrem de exaustão no fim da estação.
Habitat e Distribuição Geografica 
As subpopulações mais importantes são as do Atlântico Sul que envolvem 400 mil indivíduos, sendo que 350 mil se reproduzem na Geórgia do Sul. Outras colônias estão situadas nas Ilhas Malvinas até a Península Valdés na Patagônia argentina; Ilhas Sandwich do Sul, Ilhas Órcades do Sul, Ilhas Shetland do Sul, Ilha Bouvet e na Ilha de Gonçalo Álvares (do grupo da Ilha de Tristão da Cunha).

A segunda subpopulação, do sul do Oceano Índico, compreende no máximo 200 mil indivíduos, dos quais três quartos estão nas Ilhas Kerguelen e o restante nas ilhas Crozet, Marion (na África do Sul), Ilhas do Príncipe Eduardo e Heard.

Outros ainda se reproduzem na Ilha de Amsterdã.

A terceira subpopulação, de cerca de 75 mil elefantes-marinhos, é encontrada nas ilhas subantárticas do Oceano Pacífico ao sul da Tasmânia e Nova Zelândia, principalmente na Ilha Macquarie. Outras colônias podem existir na Tasmânia, Santa Helena e no Arquipélago Juan Fernández, no Chile.

Alguns indivíduos isolados da espécie chegam ao Brasil, África do Sul e Austrália. Outros também são encontrados nas Ilhas Maurício e nas Ilhas Reunião
 

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