Como o avestruz, tem asas mas não voa.
Foto: Alfredo Carvalho Filho
Coió de asas fechadas
Tem o nome científico de Dactylopterus volitans. O nome da espécie refere-se à capacidade de voar atribuída ao peixe, totalmente infundada. Acontece que a cabeça do Coió é muito grande e pesada, envolvida por verdadeira carapaça; por outro lado, suas nadadeiras peitorais (as alegadas “asas”) são delgadas, frágeis até, mas muito mais pesadas proporcionalmente do que as dos verdadeiros peixes-voadores. Com tal morfologia, é absolutamente impossível ao Coió saltar fora d’água, quanto mais planar ao vento ou por impulsão própria.
Ele chega a 45 cm e pode pesar até 1 kg. Um exemplar excepcional, capturado em abril de 1998, em Canavieiras, na Bahia, mediu 50 cm e pesou 2 kg. Ocorre no Mediterrâneo e em todo Atlântico.
Usando as nadadeiras ventrais de maneira alternada, "anda" no fundo, tanto para frente como para trás, buscando os crustáceos de que se alimenta. Quando assustado abre suas "asas", provavelmente para amedrontar ou fingir ser maior do que é e evitar predadores. Com estas defesas, mais a cabeça espinhenta, é confiante, lento e nada pouco — mas pode ser capaz de rápidos movimentos de fuga, se necessário.
Vivem em grupos de até 100 indivíduos, percorrendo o fundo de areia em busca de comida. Em tais ocasiões, movem-se sempre em uma mesma direção, em linha ou em arco. Caçam se enterrado na areia e usam os raios anteriores das peitorais que, provavelmente, têm alta sensibilidade táctil. São capazes de produzir sons, um tipo de ronco baixo, notadamente quando em busca de alimento, se excitado ou retirado da água.
Foto: Alfredo Carvalho Filho
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